quinta-feira, 31 de março de 2022

Gilson Machado Neto deixa o comando do MTur

Foto: Divulgação

Desde o final de 2020, gestão do ministro acumula importantes conquistas em prol do desenvolvimento do turismo nacional. Após quase um ano e meio à frente do Ministério do Turismo, Gilson Machado Neto deixará o comando do órgão nesta quinta-feira (31.03). Na ocasião, Machado Neto, que vai se desincompatibilizar do Governo Federal devido à legislação eleitoral, transmitirá o cargo a Carlos Brito, atual presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo).

Desde o final de 2020, o ministro foi o responsável por conquistas históricas do turismo nacional durante a pandemia de Covid-19. Entre elas, a confirmação do Brasil como sede do primeiro escritório regional da Organização Mundial do Turismo (OMT) nas Américas, além da recondução do país para integrar o Conselho Executivo da entidade até 2025.


A gestão do ministro também foi responsável por iniciativas essenciais à redução de custos no setor. A lista inclui medidas a exemplo da introdução do combustível JET-A na aviação brasileira, da redução de alíquotas do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) sobre o leasing de aeronaves e da isenção de tributos federais à importação de veleiros, a fim de fomentar o turismo náutico.


Machado Neto celebra os avanços e agradece a oportunidade de contribuir com o setor. “Fechamos 2021 com uma alta de 21% no Índice de Atividades Turísticas, confirmando a tendência de recuperação. Sob o comando do presidente Jair Bolsonaro, um grande entusiasta do turismo, adotamos ações essenciais para fazer do turismo uma grande mola propulsora da economia, ações estas que, certamente, terão continuidade e serão reforçadas”, frisa.


Na administração de Machado Neto, o MTur alcançou a concessão de R$ 1,8 bilhão em crédito por meio do Fundo Geral de Turismo (Fungetur), beneficiando 6.620 empresas impactadas pela pandemia e ajudando a manter 62,1 mil empregos. Também houve a emissão de mais de 31 mil selos Turismo Responsável, que indicam a prevenção do coronavírus por atividades da área.


Outra marca da atual gestão foi a conclusão de 760 obras de infraestrutura turística em todo país ao longo de 2021, fruto de um investimento de R$ 866 milhões. O empenho do ministro garantiu, ainda, a retomada dos cruzeiros na costa brasileira, após um intenso trabalho de negociação e articulação entre governo federal, empresas e municípios.


O presidente da Embratur, Carlos Brito, elogia o trabalho promovido pelo ministro Gilson Machado Neto e garante empenho no sentido de ampliar as ações desenvolvidas. “O ministro Gilson foi responsável por avanços inéditos no turismo nacional. É uma honra poder sucedê-lo no cargo e dar sequência a iniciativas fundamentais para alçar o Brasil ao merecido papel de destaque no cenário turístico mundial”, comenta Brito.


AVANÇOS - Gilson Machado Neto também comandou o lançamento do Programa Turismo Seguro, parceria com a Embratur que busca desenvolver ações e políticas públicas na área. Pioneira no Brasil, a iniciativa contempla um total de 59 ações, que incluem iniciativas destinadas ao adequado posicionamento do país como um destino seguro


O ministro liderou, ainda, o processo de atualização do Mapa do Turismo Brasileiro, que orienta políticas públicas do MTur e, atualmente, reúne 2.542 cidades de 322 regiões turísticas. Agora, o instrumento pode ser atualizado a qualquer tempo, e não mais a cada dois anos, como ocorria antes, permitindo a inclusão de cada vez mais municípios.


Outra entrega ficou por conta do projeto-piloto de Destinos Turísticos Inteligentes, que reúne 10 cidades, como Brasília (DF), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), e busca a digitalização de serviços. A gestão Machado Neto foi responsável, também, pelos estudos de viabilidade para a concessão de parques nacionais, proporcionando avanços a partir da melhoria de serviços.


No campo da capacitação profissional, houve o lançamento do curso “Would You Like”, voltado à qualificação de trabalhadores com baixa escolaridade em noções de língua inglesa. A iniciativa se soma a outras formações oferecidas gratuitamente pelo MTur, que, somente em 2021, certificou mais de 34 mil profissionais de turismo em quase 100 cursos ofertados.


Ainda na gestão de Machado Neto, as Matrizes Tradicionais do Forró foram reconhecidas como Patrimônio Cultural Brasileiro, e houve a revalidação do título ao Frevo e à Ciranda do Nordeste. Já o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao MTur, chegou a 2022 com um total de R$ 283 milhões investidos na recuperação de espaços históricos no país.


EMBRATUR - As conquistas do período também englobam iniciativas a cargo da Embratur. Entre elas, a realização de uma grande campanha nacional de promoção do turismo na pandemia. A ação, intitulada “Ser brasileiro é estar sempre perto de um destino incrível e seguro”, alcançou mais de 600 milhões de pessoas impactas, por meio da veiculação em rádio, TV e internet.


A agência divulgou, ainda, a isenção de vistos a viajantes nipônicos durante a Olimpíada no Japão, em 2021, e um trabalho similar é organizado atualmente no mercado norte-americano. A Embratur também descentralizou ações por meio de parcerias com embaixadas do Brasil, além de realizar a promoção do Brasil na ExpoDubai, a Exposição Universal de 2020, entre outras ações.


CURRÍCULO - Carlos Brito nasceu em Recife (PE), tem 39 anos e é formado em Administração de Empresas e Administração com ênfase em Marketing, além de MBA em Marketing e Publicidade. Ele possui mais de 20 anos de experiência na área administrativa, tendo atuado como diretor-executivo na iniciativa privada.


Na carreira, Brito chefiou áreas de recursos financeiros, físicos, tecnológicos e humanos. Ingressou na Embratur em junho de 2019, como diretor de Gestão Interna. Com a transformação da autarquia em Agência, assumiu a Direção de Gestão Corporativa, quando coordenou a reorganização administrativa da entidade.

Por: Vital Florêncio

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