A ‘motociata’ de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro provocou aglomeração de milhares de apoiadores do presidente da República.
A prefeitura estimou que participariam do evento de 10 a 15 mil pessoas neste domingo. A polícia, porém, afirmou que não contabilizou o número de manifestantes.
Em nota, a Polícia Militar informou que mais de 20 unidades da PM, com cerca de mil homens, foram mobilizadas para fazer a segurança do ato.
Durante o ato, um grupo de manifestantes bolsonaristas cercou e insultou o repórter Pedro Duran, da CNN. Chamado de “vagabundo” e “comunista”, o jornalista sofreu ameaças de linchamento e teve de ser escoltado pela polícia até uma viatura da PM.
Durante a semana, o presidente anunciou isenção de pedágio para motocicletas em futuras concessões de rodovias.
No dia 10 de maio, Bolsonaro já havia feito promessa semelhante. No dia seguinte, a Federação de Motoclubes do Estado do Rio de Janeiro iniciou a convocação para a manifestação deste domingo.
Em postagem em sua página oficial, a entidade agradeceu ao presidente o atendimento de uma “demanda muito antiga”.
O ex-ministro Eduardo Pazuello esteve presente no evento. Segundo o Regulamento Disciplinar do Exército, a manifestação de Pazuello é passível de punição.
Sem máscara, o ex-ministro subiu no carro de som em que Bolsonaro fazia discurso, provocando aglomeração.
Pazuello é general da ativa, está como adido da Secretaria Geral do Exército e não pode manifestar-se publicamente, muito menos politicamente, sem autorização do órgão.
Como militar, ele também não pode “portar-se de maneira inconveniente ou sem compostura; frequentar lugares incompatíveis com o decoro da sociedade ou da classe; desrespeitar medidas gerais de ordem policial, judicial ou administrativa; desrespeitar em público as convenções sociais; ofender a moral, os costumes ou as instituições nacionais por atos, gestos ou palavras; desrespeitar, público, as convenções sociais, ou concorrer para tal”.
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